terça-feira, 21 de junho de 2011

Rifles Da Segunda Guerra Mundial

M1- GarandPor Simo Häyhä*
O M1 Garand
A história do primeiro fuzil semi-automático que foi amplamente utilizado como um braço militar padrão começou depois do início da Primeira Guerra Mundial, quando inventor americano John C. Garand começou a desenvolver um fuzil semi-automático (ou auto-carregável). Ele trabalhou no arsenal de Springfield e durante os anos 20 e início dos anos 30 desenvolveu vários projetos.
Os primeiros rifles foram construídos usando sistema um pouco raro de cartuchos chamado blowback, mas devido a algumas razões este sistema era inadequado para um fuzil militar, então ele mudou para o sistema a gás, que era mais simples. Ele requisitou uma patente para seu fuzil operado a gás, alimentado por clipe em 1930, e os EUA patentearem seu projeto em 1932. Este fuzil era construído com base em um fuzil experimental, que utilizava cartuchos calibre .276 (7mm).
Enquanto isso, seu fuzil era testado pelo Exército dos EUA, juntamente com seu competidor principal, um fuzil Pedersen calibre .276, e foi recomendado para adoção pelo Exército dos EUA em 1932. Algum tempo depois, o general MacArthur, dos EUA, declarou que o Exército dos EUA deveria voltar a utilizar o velho cartucho .30-06 . Prevendo isto, Garand já havia idealizado uma variação de seu projeto para utilizar munição .30-06. Finalmente, no dia 6 de Janeiro de 1936, o fuzil de Garand passou a ser adotado pelo Exército dos EUA como um "fuzil calibre .30 M1".
Os fuzis do primeiro lote, porém, demonstraram algumas características muito ruins, engasgando muito freqüentemente para um fuzil militar decente. Então, em 1939, o Congresso dos EUA solicitou uma importante alteração de projeto, e Garand rapidamente redesenhou o sistema de aproveitamento de gás, que melhorou muito a confiabilidade da arma.
Quase todos os fuzis M1 do primeiro lote foram rapidamente reconstruídos para adotar o novo sistema de gás. Assim, muito poucos fuzis M1 Garand originais sobreviveram até os dias presentes, e estes são artigos de colecionadores extremamente caros.
Quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, os fuzis M1 passaram a ser produzidos em massa nas fábricas Springfield Armory e Winchester. Durante a guerra, ambas as empresas produziram mais ou menos 4 milhões de rifles M1. Assim, o M1 Garand foi o fuzil semi-automático mais amplamente utilizado na Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, o M1 Garand demonstrou que era uma arma confiável e poderosa.
Ocorreram algumas tentativas para melhorá-lo durante a guerra, mas estas não passaram das fases experimentais, com exceção de duas modificações para rifle sniper, denominados M1C e M1D. Ambos entraram em serviço no ano de 1945 e eles possuíam uma luneta que era fixada à esquerda da arma, devido ao fato de que o carregamento dos clips, característico do M1, se dava na parte superior da arma.
Depois do fim da WWII, a produção do M1 nos EUA foi encerrada, e alguns fuzis e também licenças para fabricação, foram vendidos para outros países, como Itália e Dinamarca.
Com a deflagração da guerra coreana em 1950 a produção de M1 para as forças dos EUA foi retomada em 1952. Os fuzis foram fabricados na Springfield Armory, e também nas fábricas Harrington & Richardson (H&R) e International Harvester Company. Aquelas empresas fabricaram M1s até 1955, e a Springfield produziu Garands até 1956. Em 1957, com a adoção oficial do novo fuzil M14, que utilizava munição 7.62x51mm, para o serviço dos EUA, o M1 se tornou obsoleto.
Foi ainda utilizado durante alguns anos devido à falta de fuzis M14 e M16, e teve algum uso durante o primeiro período da guerra do Vietnã. Mais tarde, muitos M1s foram transferidos para a Guarda Nacional dos EUA , sendo usados como arma de treinamento pelo Exército, ou vendidos para civis como excesso militar. Alguns M1 são ainda usados pelo Exército dos EUA como armas de cerimonial.

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